Irmã M. Berchmana Leidenix

Nasceu dia28. 11. 1865 em Enzersdorf, Áustria e foi batizada dois dias depois, dia 30. 11.

Frequentou o Instituto Mariano das FDC, em Viena, nele fez o curso de Habilitação ao Magistério e tornou-se educadora na Escola Materna. Foi acolhida na Congregação/FDC dia 11. 09. 1881. Em Viena também foi admitida ao noviciado dia 17. 08. 1882, pronunciou os primeiros votos dia 20. 08. 1883 e os votos perpétuos no dia 17. 08. 1892.

Imediatamente após a primeira profissão foi enviada para a Bósnia, onde permaneceu durante toda a sua vida. Havia lecionado nas Escolas da Congregação, em Tuzla e em Sarajevo. Sempre foi conscienciosa na sua profissão e obteve bons sucessos no âmbito do ensino e da educação obtendo, na turma, uma disciplina exemplar. A sua vida foi sempre perfeitamente irrepreensível, mas para chegar a esta “perfeita irrepreensibilidade” Irmã Berchmana precisou lutar com os pontos frágeis do seu caráter.O quanto se empenhou na própria formação, com constância e com bom êxito, isto o demonstra o fato de que no período de 1931 a 1936 ela foi nomeada mestra das noviças. As noviças testemunham sobre suas qualidades humanas, cristãs e religiosas: foi uma alma muito santa e piedosa, plena de Deus. Para todas as noviças, foi uma verdadeira mãe. Foi uma religiosa segundo o Coração de Jesus, exemplar; um modelo esplêndido na oração e no sacrifício, generosa e gentil; possuía um grande amor para com Deus, a Congregação e o próximo.

Possuía uma fé profunda e era muito devota; frequentemente se encontrava na capela, imersa na oração, diante do Santíssimo Sacramento, em profundo recolhimento; exortava as noviças a fazer muitas vezes a adoração, a manter o recolhimento e o silêncio. Embora fosse muito inteligente, era modesta e humilde, paciente e abandonada à vontade de Deus. Sabia vencer a si mesma, em tudo, sem exigir nada de especial para si - nem sequer em razão da velhice e da doença.

Distinguia-se particularmente pelo bom senso, a pontualidade, a disciplina e a todas dava o bom exemplo no cumprimento das regras. Era muito atenta aos próprios gestos e reações. Vigiava seus sentidos: os olhos para que não olhassem coisas vãs, os ouvidos para que não escutassem tagarelices, mas somente palavras edificantes e espirituais. Muito severa, por natureza, porém possuía a grande aspiração de infundir, nas noviças, o verdadeiro espírito para que se tornassem boas religiosas. Era possível notar que ela possuía experiência profunda quanto às coisas que ensinava às noviças e passava-lhes o que ela mesma vivia. Em suas palavras e no seu comportamento refletia sua fé viva e o seu amor por Cristo.

Dizia: Por dois motivos sou infinitamente grata a Deus: porque nasci e fui educada na fé católica e porque fiquei Irmã. Às noviças havia confiado que aspirava ao martírio.

Irmã Berchmana sofreu o martírio no dia 23. 12. 1941, em Sjetlina, Bósnia, com a idade de 76 anos.

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